O filme “Desova”, uma produção impactante sobre o desaparecimento forçado na Baixada Fluminense, atravessou fronteiras e chegou à Alemanha, ampliando o debate sobre direitos humanos e a luta por justiça. A obra, que retrata a dor das mães que perderam seus filhos para a violência, conta com a participação fundamental de Josiane Martins, líder do Coletivo Filhos nos Braços do Pai, uma das vozes mais ativas da Rede MAE – Mulheres Acolhedoras Encena.
A participação do coletivo no filme não é apenas um ato artístico, mas um manifesto de resistência e memória. A dor das mães, que antes era invisível, agora ocupa telas e palcos internacionais, chamando atenção para a cruel realidade dos desaparecimentos forçados no Brasil.
A Baixada Fluminense é uma das regiões mais violentas do país, e os casos de desaparecimento forçado são alarmantes. “Desova” surge como uma denúncia cinematográfica desse cenário, dando voz às vítimas e suas famílias.
A presença do Coletivo Filhos nos Braços do Pai na produção foi essencial para garantir que as histórias narradas fossem autênticas, profundas e impactantes. Josiane Martins e outras mães compartilharam suas experiências de luto e luta, tornando a obra ainda mais poderosa.
“Nossa dor não pode ser esquecida. Cada filho desaparecido é uma ferida aberta. Esse filme é um grito para que o mundo veja o que está acontecendo e exija justiça.” – Josiane Martins
A exibição na Alemanha representa mais do que um lançamento internacional: é um chamado global para que organizações de direitos humanos, governos e a sociedade civil se mobilizem contra essa tragédia silenciosa.
A repercussão de “Desova” na mídia, incluindo sua menção no jornal Extra, reforça a importância desse projeto. A visibilidade conquistada pelo filme é um passo crucial para que essas mães deixem de ser apenas números e passem a ser reconhecidas como mulheres que exigem justiça e dignidade.
A Rede MAE e o Coletivo Filhos nos Braços do Pai continuam essa luta incansável, transformando dor em resistência e arte em memória.
A exibição do filme na Alemanha é um símbolo de que essa luta precisa ser global. Enquanto houver uma mãe sem respostas, a luta seguirá viva.